
O uso de perfumes ou cosméticos perfumados durante a gravidez pode aumentar o risco de infertilidade entre os bebés do sexo masculino na vida adulta, segundo uma pesquisa da Universidade de Edimburgo.
Segundo os pesquisadores da Unidade de Reprodução Humana do Conselho de Pesquisa Médico, há uma janela crucial entre a oitava e a décima segunda semanas de gestação que determina futuros problemas reprodutivos nosmeninos.
Os cientistas acreditam que a exposição a algumas das substâncias químicas encontradas em cosméticos durante este período pode afectar a produção de espermatozóides no futuro, mas os mesmos responsáveia afirmam que os resultados não são conclusivos.
Durante experiências com ratos, os médicos bloquearam a acção dos androgénios – substâncias que incluem as hormonas masculinas e promovem a masculinização – e confirmaram que os animais sofreram problemas de fertilidade.
PROBLEMAS REPRODUTIVOS
Algumas das substâncias que podem bloquear essas hormonas são amplamente usadas na produção de cosméticos, tecidos para decoração e plásticos. Segundo os cientistas, as substâncias também podem aumentar o risco dos bebés do sexo masculino desenvolverem outros problemas reprodutivos na vida adulta, como cancro nos testículos.
O líder do estudo, Richard Sharpe, considera que as mulheres que estejam a planear engravidar devem evitar o uso de cosméticos que poderiam ser absorvidos pelo corpo. «Há vários componentes em perfumes que nós sabemos que, em alta concentração, têm potencial para provocar efeitos biológicos», disse Sharpe à BBC.
«Tal não significa «necessariamente que possam ser causados danos terríveis ao bebé, mas ao evitá-los, haverá um efeito positivo», acrescentou, reconhecendo porém que as mulheres estão expostas a muitos desses componentes químicos por outras vias, já que eles estão presentes no ar e em tecidos dentro de casa.
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