sexta-feira, 13 de junho de 2008

Portuguesas são mães cada vez mais tarde


O número de mães tardias tem vindo a crescer de uma forma acelerada em Portugal Continental. Só entre 2001 e 2007, saltou de 14 para 18,5 por cada 100 nados vivos, um aumento superior a 32 por cento, revela o Alto Comissariado da Saúde (ACS), baseado em números do Instituto Nacional de Estatística e citado pelo jornal Público
Em termos médios e por região, é em Lisboa e Vale do Tejo que as mulheres têm filhos mais tarde, com 19,8 por cento do total. No outro extremo, encontra-se o Alentejo (15,8) por cento. O adiamento da maternidade acaba por ter consequências na diminuição da taxa de natalidade, ao aumentar os índices de infertilidade.
O fenómeno do adiamento da idade média em que as mulheres têm filhos (e, sobretudo, o primeiro filho) começou a evidenciar-se em Portugal há já alguns anos, ainda que se tivesse acentuado nos últimos. Mas houve dois momentos distintos nesta evolução, explica o INE.
Na primeira fase, correspondente às décadas de 60 e 70 do século passado, a idade média da mulher ao nascimento do primeiro filho apresentou uma tendência de declínio. Até chegar, em 1982, ao valor mais reduzido (23,5 anos). A partir daí, foi sempre a crescer (no ano passado era já de 28,2 anos). E a idade média na altura do nascimento de um filho (em geral) apresentou comportamento idêntico, atingindo exactamente os 30 anos em 2007.
Por sua vez, a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico revela que a idade média das mães ao nascimento do primeiro filho tem crescido cerca de um ano por década desde 1970, apesar do aumento dos riscos de saúde aliados a uma maternidade mais tardia.

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