quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Outra vez doente!




Estamos em plena época de ranhos, tosses, espirros, dores de garganta. As crianças são as mais afectadas. Deixamos-lhe um manual prático, para saber como lidar com as infecções respiratórias do seu filho.Há estudos que indicam que, nas cidades, uma criança com menos de dois anos tem oito a nove infecções respiratórias por ano. Calcula-se que estas situações sejam responsáveis por cerca de 40 por cento das consultas de pediatria. A poluição, a frequência de creches, em que as crianças permanecem fechadas dias inteiros sem que as salas sejam arejadas, são alguns factores que fazem aumentar a incidência de viroses e infecções bacterianas na árvores respiratória dos mais pequenos.
Se há situações em que é imprescindível contactar o médico, na maior parte dos casos os pais podem controlar os sintomas em casa, sem recorrer a ajuda especializada.
Situações em que deve contactar o médico ou ligar para o Saúde 24 (808 24 24 24)

febre há mais de três dias

febre muito alta e constante

falta de ar

prostração

respiração em esforço

tosse muito intensa

se o seu fiilho tem menos de 6 meses, mesmo que os sintomas pareçam ligeiros

O que fazer perante os seguintes sintomas:

Febre
A febre é um mecanismo natural do organismo para combater um «ataque» de vírus ou bactérias. Se a baixarmos assim que começa a subir estamos a desperdiçar um aliado no combate à doença. Por isso, deve baixar a febre apenas quando chegar aos 39º ou antes se criança estiver prostrada.
Para baixar a febre, use paracetamol e siga as indicações de posologia da embalagem. Nunca exceda as doses, pois pode dar origem a intoxicações hepáticas. Nenhum medicamento é inócuo.
Ranho
Assoar a criança frequentemente e limpar o nariz com soro fisiológico ou com um spray de água do mar, para fluidificar as secreções. Medidas que devem fazer parte, de resto, da higiene diária (excepto o spray de água do mar que não deve usar-se por rotina, mas apenas em situações pontuais de obstrução)
Tosse
Tal como a febre, a tosse também é uma forma de o organismo se defender, ou seja, está a expulsar secreções que, de outra forma, podem tornar-se prejudiciais. Por isso, nunca deve administrar xaropes para a tosse sem indicação médica. Se o fizer pode estar a agravar o problema.
Para ajudar a tosse, o melhor é fluifidicar as secreções, através de aerossois só com soro, se tiver o aparelho, ou simplesmente fazendo «vapores quentes» na casa de banho. Atenção: a aerossolterapia não deve ser usada de forma rotineira, sempre que a criança tosse. Fale com o médico sobre quando deve usar, até porque casos de alergias em que não é recomendável esta prática.
Mas a tosse também pode ser provocada por alergias - a tosse seca e irritativa, sem secreções. Neste caso, só o médico pode avaliar quais as melhores medidas a tomar.

Para prevenir:
Ensine desde cedo o seu filho a assoar-se e a não fungar. Este deve ser um hábito regular, mesmo que não esteja doente. Crianças muito pequenas podem e devem aprender a expelir as secreções nasais.

Não deixe o seu filho fechado dentro de portas dias inteiros só porque está frio. Crianças saudáveis podem e devem apanhar ar e brincar na rua, desde que bem agasalhadas.
Areje a casa.
Dispense alcatifas e não tenha o quarto cheio de peluches e almofadas.
Os antibióticos
Os antibióticos não são medicamentos milagrosos para todas as infecções respiratórias e só devem usar-se se for realmente necessário. Tomar antibióticos em excesso faz aumentar as resistências das bactérias.
A maior parte das infecções respiratórias são de origem viral. Podem evoluir para uma infecção bacteriana, mas à partida devem ser tratadas como infecções virais que são.

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