quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Alimentação saudável e gostosa: é possível?


Dá para manter uma alimentação saudável mesmo com hambúrguer, salsicha e sorvete...


Na sua casa, o café da manhã, almoço ou jantar se transformam num ringue de luta? Você brigando para seu filho comer brócolis e ele berrando que quer salsicha? Embates como esse surgem por volta dos 4 anos, quando a criança se torna extremamente seletiva nas preferências alimentares. Só quer comer o que gosta, incluindo as guloseimas que já conhece nessa idade. O jeito é transformar a salsicha numa refeição saudável, acrescentando um tantinho do odiado brócolis num molho vermelho para servir com arroz. Outro é modificar o preparo do alimento: o ovo que não agrada, frito ou cozido, pode entrar na receita de uma torta. Variar o cardápio também ajuda. A criança que só aceita macarrão, por exemplo, pode comê-lo com molho vermelho e hambúrguer assado num dia, com atum e azeitonas no outro, com frango desfiado e palmito num terceiro. "Não há problema com o macarrão. Os asiáticos crescem comendo isso. A questão é compor com outros grupos de alimentos", lembra o pediatra e nutrólogo Mauro Fisberg.

Prato de criança
Precisa ter um cereal, uma leguminosa, uma proteína, verduras e legumes. Como arroz, feijão, carne, tomate e alface, ou uma sopa com lentilhas, carne, cenoura e espinafre, e variações disso. "É para a criança experimentar, aos poucos, novos alimentos associados às preferências dela", explica a nutricionista Suzy Graff. Se seu filho costuma aceitar uma fruta de sobremesa, dá para ceder ao pedido de uma guloseima depois do almoço. Ele estará satisfeito e não vai se entupir de doce. Se não é chegado a frutas, controle mais as guloseimas: deixe para um ou outro lanche da tarde ou apenas para o fim de semana.

Sem ditadura
Quando nenhuma negociação funciona, os pais só não podem ser vencidos por choros e birras. "Eles devem respeitar a criança, mas não podem permitir que as preferências dela ditem as normas da casa", explica Fisberg. É assim no lar de Andrea Kromer. Com dois filhos, Lucas, 8 anos, que come de tudo, e Marcela, 5, que adora leite condensado, hambúrguer, salame, macarrão e pizza e detesta feijão, a mãe procura fazer um almoço que agrade os dois. "Se eles recusam, não dou outra coisa. Ficam sem comer até a próxima refeição." É preciso mais cuidado com a criança que não come nunca, tem aversão a tudo. Converse com o pediatra para afastar a possibilidade de doenças graves ou problemas emocionais que estejam interferindo no apetite.

Guloseimas adequadas
O nutrólogo Mauro Fisberg orienta os pais a ler o rótulo sempre antes de comprar guloseimas, evitando biscoitos com muito sal, sódio e com excesso de gordura e de corante. É o caso dos confeitos coloridos de chocolates, biscoitos recheados e gelatinas azuis, entre outros. "Tudo isso faz mal à saúde", alerta Fisberg. Ele recomenda iogurtes, petit-suissés e queijos para crianças que estão largando o leite.
Os derivados lácteos possuem os mesmos nutrientes do leite.




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