sábado, 24 de outubro de 2009

"É urgente alargar rastreio do cancro da mama a todo o país"

O cancro da mama mata 1.550 mulheres por ano em Portugal, um número que pode baixar substancialmente quando o rastreio for alargado a todo o país.
João Carvalho, da Direcção Regional Norte da Liga Portuguesa Contra o Cancro, lembrou que as possibilidades de cura de um cancro da mama "são superiores a 90 por cento", desde que a detecção seja precoce e o tratamento eficiente.

O coordenador do Grupo de Patologia da Mama da Unidade Local de Saúde do Alto Minho, Rui Gomes, deixou "uma chamada de atenção" ao poder político para a necessidade urgente de se alargar o rastreio do cancro da mama a todo o país.

"Em Portugal, começamos sempre muito tarde em tudo. O rastreio do cancro da mama só começou em 1990, na região Centro, estendendo-se muito tempo depois para o Norte, enquanto que no Sul ainda quase não avançou", criticou Rui Gomes.

Desde 1995, e segundo João Carvalho, regista-se em Portugal uma tendência para a diminuição da mortalidade associada ao cancro da mama, fundamentalmente graças a um diagnóstico mais precoce e a uma melhor qualidade do tratamento.

"Todas as mulheres têm algum risco de contrair cancro da mama", alertou João Carvalho.

Os responsáveis falavam no decorrer da iniciativa "Viana do Castelo na prevenção do cancro da mama", que decorre até 30 de Outubro e que inclui diversas acções de sensibilização para a prevenção da patologia.

Portugal regista, anualmente, 4.500 novos casos do cancro da mama. O cancro da mama mata, por ano, mais de um milhão de pessoas em todo o mundo


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